O que visitar na Madeira: Roteiro de 4 dias

Já tinha visitado a Ilha da Madeira, há uns anos atrás e tinha ficado fascinada. Como o Sérgio ainda não conhecia, andava há imenso tempo a “chateá-lo” que tínhamos que lá ir, porque sabia que ele também ia adorar aquele pedacinho do nosso país. Por isso, em Maio rumamos à Madeira.

A Ilha da Madeira é uma combinação de paisagens de tirar o fôlego, onde podemos encontrar Montanha, Mar, clima ameno durante todo o ano e uma excelente gastronomia. Querem mais pretextos para vos convencer a visitar? Há voos baratos (Easyjet, Ryanair, TAP), e em pouco mais de uma hora estamos lá!

 Dia 1 – Zona Sul

O nosso voo foi bem cedo, por isso, às 9 da manhã já estávamos a pisar solo Madeirense. Fomos logo buscar o carro que tínhamos alugado previamente, cujo processo foi bastante rápido (Deixo-vos os pormenores no final deste post). Por isso começamos logo cedo a explorar a Ilha.

A primeira paragem foi a Ponta do Garajau.

Seguimos para o pitoresco centro histórico de Câmara dos Lobos, onde admiramos os barcos de pesca coloridos e andamos um pouco sem rumo a descobrir as estreitas ruas à volta da baía.

Aqui, é um óptimo local para parar num bar, apreciar as vistas e saborear a bebida local: Ponha (bebida feita com aguardente limão e mel).

Como já tínhamos alguma fome, decidimos procurar um restaurante. A escolha recaiu na “Vila da Carne”, e o Sérgio foi para a Espetada em Pau de Louro, que estava deliciosa. Eu escolhi Nacos de Carne na Brasa, que estavam divinais. É sem dúvida um restaurante que vale muito a pena. Além da refeição saborosa, temos de bónus uma vista privilegiada sobre a baía de Câmara dos Lobos.

Depois do almoço, seguimos para o Miradouro da Fajã dos Padres, onde desfrutamos de uma vista maravilhosa sobre o mar. É possível ir até lá abaixo por teleférico, mas não aconselho a quem tem vertigens…

Seguimos para o Miradouro do Cabo Girão. É uma das falésias mais altas do mundo (580 metros) e oferece uma vista incrível sobre os arredores de Câmara de Lobos, o mar e a Fajã do Cabo Girão. Em 2012 foi construída uma plataforma suspensa de vidro (Skywalk) que lhe permitirá testar os seus limites, especialmente se tiver vertigens.

Seguimos viagem até ao vilarejo da Ponta do Sol. É um vilarejo muito pequeno, mas muito colorido e pitoresco. Caminhamos por dentro do túnel e fomos parar a um pitoresco rochedo, com um recorte no meio.

É difícil arranjar estacionamento sem ser pago, mas aos Domingos não se paga.

Terminamos o dia a visitar a Cascata dos Anjos. É um local bastante conhecido, onde a água cai sobre a estrada, mesmo em frente ao mar. Pode não ser o ponto mais interessante da ilha, mas se estiver por perto, não perca a oportunidade de lavar o carro gratuitamente 😛

Dia 2 – Zona Oeste e Norte

O segundo dia da viagem foi passado a explorar a Zona Oeste e Norte da Ilha. Dirigimo-nos à Serra de água, para visitar o Miradouro da Encumeada. O miradouro encontra-se junto à loja de souvenirs.

A estrada ER110 é uma das estradas mais espectaculares da Ilha, e foram várias as paragens que fizemos pelo caminho para admirar o seu verde exuberante, e onde podemos aproveitar a sua tranquilidade.

No planalto do Paul da Serra encontra-se a maior reta das estradas da Madeira, onde por momentos esquecemos as curvas e subidas acentuadas a que já nos estávamos a habituar.

Tentamos parar para visitar o Miradouro do Rabaçal, mas acho que fiz mal o trabalho de casa e não consegui encontrá-lo… Fica a dica, para quem vai, aponte bem no mapa a localização exacta.

Assim sendo, seguimos para Porto Moniz. Fizemos uma paragem no Miradouro da Santinha, que é o melhor ponto para apreciar Porto Moniz.

As piscinas naturais de Porto Moniz foram formadas pela lava vulcânica, e o mar entra naturalmente depositando a sua água de um azul vibrante . E este lugar é mesmo um sonho! Aquela água cristalina, combinada com o dia quente que se fazia sentir, estava mesmo a convidar a um mergulho… E foi o que fizemos. Voltamos ao carro, mudamos de roupa e fomos simplesmente relaxar naquelas águas.

Como ainda tínhamos várias coisas para visitar nesse dia, deixamos a maravilhosa piscina de Porto Moniz para trás e seguimos para a Praia da Ribeira da Janela. Apesar de apenas ter calhaus gigantescos em vez de areia, foi ali que decidimos almoçar, com esta vista espectacular.

Seguimos para a Praia Porto do Seixal, onde o contraste entre o verde das montanhas e a areia negra, torna-a numa das mais bonitas da Ilha da Madeira. Esta Ilha tem tantos locais bonitos e diferentes entre si, que se é impossível não nos sentirmos inspirados por ela! Enquanto aqui estávamos, o Sérgio só exclamava “Uau estamos no Hawai!” 🙂

Ali bem perto encontra-se o Miradouro da Ponta do Poiso, onde podemos apreciar o Cascata do Véu da Noiva.

De seguida fomos até à Capelinha Nr.ª Sr.ª de Fátima. Para lá chegar temos que subir muuuuiiiitaaas escadas, mas a vista compensa o esforço!

Para finalizar o dia, fomos até a Taberna da Poncha (Na Serra da Água), para bebermos uma bela Poncha. Este é um dos bares mais míticos da Madeira, onde é “tradição” deitar as cascas dos amendoins, que nos servem com a Poncha, para o chão. Assim, como deixar uma mensagem na parede do Bar, por isso não estranhe ao ali entrar encontrar pedaços de papel a cobrir todas as paredes.

Um dos lugares que já não conseguimos ver, com muita pena, foi o Fanal. Onde podemos encontrar muitas árvores centenárias com raízes gigantes. Fica a dica, se tiverem tempo.

Dia 3 – Zona Este e Leste

O terceiro dia de viagem começou no Miradouro da Eira do Serrado. É um dos miradouros mais conhecidos da Ilha. Fica situado a 1096 metros de altitude, e daqui conseguimos apreciar de uma bela vista panorâmica sobre o Curral das Freiras e das grandiosas montanhas.

Uma das paragens “obrigatórias” na Madeira é ao Pico do Areeiro. Situado a 1818 metros de altitude, é o terceiro pico mais alto da ilha, depois do Pico das Torres e do Pico Ruivo. Dali de cima temos umas vistas deslumbrantes.

Daqui, começa um dos mais espectaculares percursos pedestres, até ao Pico Ruivo. Pelo que li, não é um percurso muito fácil… Convém ter alguma resistência fisíca (algo que não tenho). Mas quem tiver e gostar de fazer caminhadas, não pense duas vezes, pois é considerada uma das 5 trilhas mais bonitas do mundo!

Quem não quiser fazer o percurso na totalidade, pode ir até ao Miradouro do Ninho da Manta (foi o que acabamos por fazer), de onde podemos observar uma paisagem para a Cordilheira Montanhosa, que é arrebatadora e fascinante. Tivemos sorte com o tempo, e como estava um dia de céu azul conseguimos ter uma vista desafogada.

Acho que este percurso ganhou bastantes adeptos nos últimos anos. Sinceramente não me recordo de estar tão cheio da última vez que cá vim, foi quase impossível arranjarmos um lugar para estacionar. Por isso, vá bastante cedo para arranjar lugar mais facilmente.

Seguimos até Ribeiro Frio e fizemos uma paragem no Restaurante Faísca para almoçar. Pedimos um prego no bolo do caco, e estava delicioso.

De seguida fomos fazer um dos percursos mais fáceis da Ilha, a Vereda dos Balcões, com apenas 1,5km de caminhada (por trajecto). A levada pode ser iniciada logo ao lado do Restaurante Faísca, mas aí tem muitas escadas, apesar de ser mais curta. Mas se começar um pouco mais atrás, junto ao John Poncha, o percurso é linear.

Se as condições meteorológicas o permitirem, é possível obter vistas excepcionais sobre o vale. Infelizmente não conseguimos ver nada, o vale estava mergulhado em nuvens, por isso a vista foi nula. Em compensação tivemos a companhia de uns simpáticos pássaros, que iam buscar comida às nossas mãos… É um local muito visitado para os amantes de birdwatching.

De seguia fomos para Santana, visitar as típicas casas Madeirenses. Sinceramente, se não tiverem tempo ou estiverem longe, não vale a pena o desvio. São apenas 5 casas, todas viradas para o turismo, e não tem “nada” de autêntico…

Ainda passamos pela Praia do Faial, antes de terminamos o nosso dia na Ponta de São Lourenço.

A Ponta de São Lourenço é a ponta mais a leste da Ilha da Madeira, e é uma reserva natural com vistas panorâmicas para o Oceano Atlântico. O que aqui encontramos é uma paisagem completamente diferente da que tínhamos encontrado nos últimos dias, onde o verde da vegetação luxuriante, é substituído pelo castanho da terra e do mato seco e rasteiro.

Existe um parque de estacionamento bem amplo, e a partir daqui pode começar o longo trilho que nos leva até à Ponta, com diversos miradouros pelo caminho, onde poderá observar s fantásticas vistas que esta parte da ilha lhe oferece.

Lugares que queríamos ter visitado neste dia, mas que já não conseguimos:

  • Miradouro do Guindaste
  • Teleférico da Rocha do Navio
  • Porto da Cruz (Miradouro Furna do Porto da Cruz

      Dia 4 – Funchal

O último dia na ilha foi passada a explorar o Funchal. Os principais pontos de interesse encontram-se próximos uns dos outros, por isso deixamos o carro num parque de estacionamento perto do Mercado dos Lavradores e exploramos a cidade a pé.

Começamos a visita ao icónico Mercado dos Lavradores, onde encontramos muitas frutas exóticas e coloridas, assim como flores e, obviamente, peixe e verduras… Apesar de ser bastante turístico e com preços um pouco abusivos (principalmente a fruta), vale a pena passear por lá.

Seguimos para a zona antiga da cidade e andamos um pouco sem rumo definido. Passamos pela Rua de Santa Maria, onde apreciamos a diversa street art que ali se encontra, e fomos caminhando até ao Forte de São Tiago, construído em 1614 para defesa da ilha, que é caracterizado pela sua cor amarela berrante.

Caminhamos junto ao mar, na Avenida do Mar, até chegarmos a um recinto com diversas flores, dedicado à festa da flôr que decorre durante o mês de Maio na Ilha. (Mês em que a visitamos).

Seguimos para a Praça do Município, e de seguida para a Sé Catedral do Funchal. Percorremos a agradável Avenida Arriaga, onde se encontra uma estátua do descobridor da Madeira, João Gonçalves Zarco, e onde estão alguns edifícios históricos e arquitetonicamente interessantes.

Era hora de pegar novamente no carro e seguir até aos Jardins Monte Palace. Também é possível fazer este trajecto de teleférico. Os mesmos partem perto do jardim do Almirante Reis, no centro do Funchal, e sobe até ao Monte. (Preço Maio/2022: Ida 12,50€, Ida e Volta 18€). Se quiser fazer algo mesmo bastante turístico é subir até ao Monte de teleférico e descer pelos famosos carros de cesto.

Visitar os Jardim Tropical Monte Palace, é sem dúvida, um must-see no Funchal. Já foi considerado um dos Jardins botânicos mais belos do mundo e percebe-se o porquê. Assim que alí entramos somos inundados por um sentimento de tranquilidade e paz. Os jardins têm muita inspiração oriental e por momentos ficamos com sensação de estarmos a passear pelo oriente.

Visitar estes Jardins é sem dúvida bastante relaxante, por isso, descontraia, admire e observe tudo à sua volta com a maior das calmas.

No final da visita, não deixe de passar pelo café para experimentar um cálice do vinho madeirense.

Preço.: 12,50€ / Pessoa

Horário: 09:00 às 18:00 Horas

Guia Prático da Ilha da Madeira

Como lá Chegar? Há várias companhias aéreas a voar para o Funchal, a partir do Continente. Easyjet, Ryanair, TAP. Nós fomos pela TAP, partindo de Lisboa e pagamos cerca de 70€/Pessoa (Preço Ida e Volta).

Como de Deslocar na Ilha? Apesar de haver transportes públicos, a melhor forma de se deslocar é alugar um carro. Porque só assim conseguimos aceder a vários lugares fantásticos, que de outra forma seria bastante difícil, ou impossível.

Nós alugamos o carro no Funchal Easy. E recomendo a 100%! Aluguer de carro sem caução, com seguro contra todos incluído e o pagamento é feito apenas quando levantamos o veículo. Foi dos processos de levantamento em rent-a-car, mais rápido e descomplicado que já tive. Voltarei a lá alugar se voltar à Madeira.

Onde ficar alojado? Apesar de haver alojamentos incríveis na ilha, convém escolhermos algo central, para não desperdiçar-mos muito tempo em deslocações. Não queríamos ficar no centro do Funchal, para fugirmos um pouco da confusão da cidade, mas também não queríamos ficas muito afastado dessa zona, pois tem bons acessos para o resto da ilha.

Depois de alguma pesquisa a escolha recaiu neste fantástico alojamento do Airbnb.

O alojamento era espectacular, com uma vista fantástica para o oceano e também para a pista do aeroporto, onde víamos constantemente aviões a aterrar e a descolar. É um verdadeiro sonho para os amantes de aviões. A partir das 11 da noite e até às 6 da manhã não há voos, por isso não perturbou o nosso descanso.

O alojamento tinha estacionamento privado no local, o que é sempre um bonús para quem viaja com veículos alugados.

O que experimentar? A gastronomia Madeirense é fabulosa, por isso não pode sair de lá sem experiementar o seguinte:

  • Bolo do Caco
  • Espetada em Pau de Loureiro
  • Lapas
  • Milho Frito
  • Peixe-espada com molho de maracujá
  • Poncha
  • Bolo de Mel (A única coisa de culinária que não me agradou)
  • Banana da Madeira (a que se vende no Continente não tem o mesmo sabor, na minha opinião. A de lá é bem melhor)

Quem ficou com vontade de conhecer este pedacinho de céu?

Quem visitou a ilha, o que mais gostaram?

Mercado de Natal de Mainz | Alemanha

Normalmente quando visitamos uma grande cidade Alemã, gostamos sempre de tirar um dia para conhecer alguma localidade próxima que não seja assim tão turística, e temos tido agradáveis surpresas nestas viagens. Aconteceu com Lüneburg, quando visitamos Hamburgo e com Aachen, quando fomos a Colónia. 

Por isso, quando fomos para Frankfurt, depois de alguma pesquisa, “encontrei” a cidade de Mainz, e que me pareceu a escolha ideal. Fica a cerca de 44 Km de Frankfurt e é fácil aceder através de transportes públicos.

Mainz é relativamente pequena e vê-se bem em poucas horas, mas o que nos levou ali foi o seu Mercado de Natal, que se concentra á volta da sua Catedral. Para entrarmos neste mercado tínhamos que ter uma pulseira, que comprovava que estávamos vacinados. As mesmas podiam ser adquiridas em vários pontos espalhados pela cidade. Para tal, tínhamos que apresentar o nosso certificado de vacinação, bem como a nossa identificação. Os seguranças andavam sempre a circular pelo Mercado, a verificar se os visitantes tinham as pulseiras. E para adquirimos algo nas barracas, fosse comida ou algum souvenir, tínhamos que mostrar a nossa pulseira, ou nada nos era vendido.

Achei este mercado bem espaçoso e com imensa variedade de comida. Havia um espaço muito agradável, onde podíamos sentar-nos e comer calmamente a nossa refeição junto a uma lareira exterior. E é isto, para mim, o sinónimo de um mercado de Natal. O quente das fogueiras exteriores que nos aquece do frio congelante que se sente na rua, enquanto saboreamos um belo gluhwein e apreciamos o ambiente festivo à nossa volta.

Para entrarmos neste espaço tínhamos que ter a aplicação “LUCA” instalada, que serve para rastrear os contactos, criando automaticamente um histórico pessoal de contactos e visitas e, em caso de infecção, permite a transmissão de dados de contacto para o departamento de saúde.

E, obviamente, tínhamos que usar sempre a máscara! Caso não cumpríssemos estes requisitos, eram aplicadas multas. 

O Mercado encontra-se à volta da Catedral de Mainz, situada no centro histórico da cidade. A Catedral é uma construção em estilo romântico, cuja construção iniciou-se em 975! É impossível não repararmos nesta majestosa construção, que se caracteriza por ser toda em arenito vermelho. 

Mesmo ali ao lado encontra-se o Gutenberg Museum, onde podemos conhecer a história da imprensa, e também, exemplares originais da Bíblia de Gutenberg.

Caminhamos sem rumo e apreciamos as ruas estreitas com construções fantásticas, mas o que mais nos apaixonou foi a Kirschgarten. Esta praça com as casas em estilo enxaimel, que é bastante típica da Alemanha, deixou-me encantada. Um autêntico charme esta zona. 

Como chegar a Mainz, Alemanha?

A partir de estação central de Frankfurt (Hauptbahnhof ), apanhamos a linha S8 até Mainz. A viagem dura mais ou menos 40 minutos. O preço por trajecto era 8,80€, por isso adquirimos o bilhete de grupo (que dá para viajar até 5 pessoas), por 29,50€ para todo o dia. Ou seja, como pretendíamos voltar no mesmo dia, compensou e ainda poupamos algum dinheiro.

Inicialmente estava mais inclinada para conhecer Weisbaden, mas em Junho houve uma queda de uma ponte que lhe dava acesso, e para lá chegar vindos de Frankfurt, tínhamos que apanhar dois transportes públicos (metro + autocarro), o que para um passeio de um dia achamos que não compensava tanto tempo perdido em transportes. Mas fica a dica, para quem tiver mais tempo em Frankfurt, e quiser conhecer mais cidades próximas.

Frankfurt e os seus Mercados de Natal

Já tínhamos visitado Frankfurt em 2016, numa escala de 5 horas que lá fizemos, pelo que foi uma visita bem rápida e ficou muito por ver… E desde essa altura ficamos com vontade de lá voltar na altura do Natal.

Apesar do foco principal ter sido conhecer os Mercados de Natal, que tantas saudades já tinha (em 2020 os mercados foram cancelados devido à Pandemia), ainda conseguimos aproveitar e visitar bastante da cidade.

Começamos a nossa visita a Frankfurt, pelo centro financeiro da cidade. Além de abrigar muitas sedes de empresas multinacionais, é aqui se se encontra o Banco Central Europeu. Por essa razão, Frankfurt é considerada o centro financeiro do país e da Europa.

Vimos a famosa Escultura do Euro, que é o símbolo da moeda da União Europeia. Esta escultura encontra-se aqui desde o início da era do Euro, 01/01/2022.

Passamos pelo enorme edifício da Main Tower, que é uma das atrações mais visitadas de Frankfurt. Do alto deste arranha-céus têm-se uma das melhores vistas da cidade. Nós acabamos por não a visitar, pois, infelizmente, o tempo esteve quase sempre mau enquanto lá estivemos, então decidimos não ir, já que não iriamos ter grande visibilidade.

Devido ao grande número de arranha-céus que existe em Frankfurt, a cidade também é conhecida como Mainhattan. Um trocadilho que faz referência ao seu Rio Main e ao centro de Nova York, Manhattan. Apesar da cidade ser conhecida pelos seus arranha-céus, também é um lugar cheio de contrastes, onde o antigo e o moderno vivem em plena harmonia. É só caminhar um pouco pela cidade, para nos apercebermos desse pormenor.

Frankfurt é uma cidade fácil de se conhecer a pé, uma vez que as suas maiores atrações são perto umas das outras. Por isso, rapidamente chegamos à principal praça da cidade, a Römerberg Platz.

A praça que vimos actualmente é uma reconstrução do que foi em tempos este local, Mantiveram as características arquitetónicas desta praça, pois a praça original foi totalmente destruída durante a II Guerra Mundial. É aqui que se encontra o edifício de Rathaus (Câmara Municipal).

A poucos passos desta praça encontra-se a Eiserner Steg, uma ponte de ferro exclusiva para pedestres. Na outra margem do Rio, fica o bairro dos Museus, com vários museus interessantes, que vale a pena descobrir se estiver vários dias pela cidade.

Depois de um breve passeio junto às margens do Rio Main (que acredito que deve ser muito mais agradável na Primavera e no verão) de onde temos uma vista fantástica sobre os arranha-céus da cidade, voltamos em direcção ao centro histórico.

Passamos pela pequena praça Liebfrauenberg, onde se encontra a igreja Liebfrauekirche.

De seguida fomos para Neue Altstadt, que fica entre o Römer e a Catedral. Neue Altstadt significa “Nova Cidade Velha”. Confuso?! Mas há uma explicação! Esta parte da cidade foi reconstruída entre 2012 e 2018, como parte de um grande projecto de desenvolvimento urbano. O objectivo principal deste projecto era “devolver” os edifícios originais da cidade velha, que foram destruídos pela guerra, mas sem copia-los completamente, dando-lhe um ar moderno e sofisticado.

De seguida passamos pela Zeil, que é a principal rua de comércio de Frankfurt. Aqui vamos encontrar várias lojas como a Zara, Primark, Mango, entre muitas outras. Nesta rua também se encontra o shopping MyZeil, que tem um design bastante moderno, nós aproveitamos para entrar para apreciar o interior desta estrutura, e também para nos aquecermos. 🙂

Continuamos a caminhar e demos com a Börse, a bolsa de valores. Fundada em 1585, a bolsa de valores de Frankfurt é uma das mais importantes do mundo. Na praça podemos ver duas estátuas de um urso (que representa quando o mercado está em baixa) e de um touro (que representa quando o mercado está em alta).

A Alte Oper Frankfurt foi a última coisa que visitamos. A fachada da Ópera é imponente e fantástica. Inaugurada em 1880, foi completamente destruída na 2ª Guerra Mundial, e só foi reconstruída quatro décadas depois, a 28 de Agosto de 1981. Actualmente, acontecem actuações do mais alto nível, nesta sala de espectáculos.

Mercados de Natal de Frankfurt

Foi a principal razão que nos levou a voltar a Frankfurt, conhecer o seu famoso “Weihnachtsmarkt Frankfurt” (Mercado de Natal de Frankfurt).

Os Mercados de Natal são uma tradição centenária e acontecem por toda a Alemanha. Em Frankfurt, realiza-se desde 1393, quando foi documentada pela primeira vez.

O Mercado de Natal estende-se por inúmeras ruas dentro do centro da cidade (este ano foi espalhada por mais zonas, para não haver grandes concentrações de pessoas). Mas o coração do mercado fica na praça Römer. É nessa praça, em frente ao Rathaus que se encontra uma das estrelas do Mercado, a sua árvore de Natal.

Todos os anos, é trazida uma árvore natural centenária com vários metros, sendo decoradas com luzes e laços, dominando por completo a principal praça da cidade.

Ao passearmos pelo meio da multidão do mercado, somos invadidos pelo cheiro a frutos secos caramelizados, e por especiarias vindas do delicioso Glühwein e sentimos todo o espírito natalício à nossa volta. Neste momento quase nos esquecemos que ainda estamos no meio de uma Pandemia.

Mas voltamos de imediato à realidade quando olhamos à nossa volta e vimos que todas as pessoas usavam máscara. Aqui não brincam com as regras! Para aqui circular tínhamos que obrigatoriamente usar máscara FFP2 (havia sempre polícias a verificarem se estavam a usar a máscara correctamente), e tínhamos que estar vacinados.

Para entrar em algumas áreas do Mercado, nomeadamente em lojas fechadas e nos recintos de alimentação, tínhamos que fazer prova de vacinação, assim como mostrar a nossa identificação.

Nós instalamos a aplicação “Corona-Warn” onde fizemos o scan do nosso certificado de vacinação. É gerado um QRcode na aplicação e era isso que apresentávamos quando nos era exigido a prova da vacinação. Acho que podíamos utilizar a aplicação do SNS e gerar o nosso certificado, mas por vias de dúvidas, achamos melhor fazer como os locais. Não queríamos ser barrados à entrada do Mercado 🙂

Regras para entrar nos Mercados em Frankfurt:

  • Certificado de Vacinação Completo (Instalar a Aplicação “Corona-Warm”);
  • Uso de Máscara FFP2

Só poucos dias antes de irmos é que confirmaram que os Mercados de Natal iriam realizar-se, uma vez que estavam a ter uma enorme quantidade casos de Covid. E como as regras estavam constantemente a mudar e nem sempre se encontrava a informação em inglês, para estar actualizada das regras em vigor, fiz a seguinte pesquisa no google: “weihnachtsmarkt Frankfurt 2021 corona regeln” (Mercado de Natal de Frankfurt 2021, Regras Covid).

Foi assim que descobri que era melhor instalar a aplicação “Corona-Warn” e que no mercado de Mainz (uma localidade perto de Frankfurt), em algumas áreas tínhamos que apresentar a aplicação “Luca”.

Site Oficial do Mercado de Frankfurt: www.frankfurt-tourismus

Mercado de Natal no CityAlm

Existe outro mercado de Natal muito interessante, que se encontra no terraço de um prédio e de onde temos umas vistas fantásticas sobre Frankfurt.

Tem várias barraquinhas de comida, bebida e souvenirs. Também tem um restaurante fechado, onde nos podemos saborear uma bela refeição e abrigar-nos do frio.

Morada: Carl-Theodor-Reiffenstein Platz 5 (Quando se chega ao edifício, subir de elevador até ao 5º Andar, vamos parar a um parque de estacionamento, daqui subimos umas escadas que se encontram no lado direito)

Site: cityalm.de

Alojamento

Na nossa estadia em Frankfurt, escolhemos o numa | Blau Apartments. Tinha uma localização central, que nos permitia fazer tudo a pé. Apesar do espaço ser um pouco pequeno, foi mais do que suficiente para os dias que lá ficamos.

Tinha um preço razoável, se levarmos em consideração os preços praticados em Frankfurt. Mas era uma zona muito mal frequentada e que gerou algum receio no regresso à noite.

Como ir do Aeroporto ao Centro da Cidade

É fácil, rápido e económico ir do Aeroporto de Frankfurt até ao centro da cidade. No aeroporto deslocar-se até às linhas de comboio S8 e S9, sentido Hanau Hauptbahnhof ou Offenbach Ost.

Os comboios passam a cada 10 minutos, e a viagem leva mais ou menos cerca de 12 minutos. O bilhete custou-nos 5,10€/trajecto.

Visitar o Mercado de Natal de Frankfurt em tempos de Pandemia

Visitar mercados de Natal, na Europa, principalmente os da Alemanha, são das viagens que mais prazer me dá fazer. Em 2020, todos os mercados foram cancelados, mas no final do Verão de 2021 começaram a surgir notícias que os mercados iriam realizar-se. Como na altura a situação pandémica parecia mais controlada e uma vez que já existia vacina para o Covid-19, decidimos arriscar e marcamos viagem para Frankfurt.

E estava bastante entusiasmada, pois além de ser o “regresso” às viagens de avião, também ia conhecer mais um Mercado de Natal. Mas entretanto o Outono começou e os casos de Covid começaram a aumentar bastante na Europa… A Alemanha começou a ter uma enormíssima quantidade de casos como nunca tinha acontecido… Em algumas zonas da Alemanha (e alguns países na Europa), os mercados foram mesmo cancelados. E nós, até a poucas horas de embarcamos, não sabíamos se arriscávamos ou não! Mas, tínhamos tudo pago, estávamos vacinados, somos extremamente cuidadosos… por isso decidimos arriscar e tentar aproveitar!

Visitar um mercado de natal em tempos de Pandemia foi uma experiência diferente da que tivemos nos Mercados em anos pré-pandemia. Existem regras a cumprir, desde o uso da máscara, a desinfecção das mãos junto às barraquinhas. Os espaços entre as bancas foram alargados para evitar a concentração de muitas pessoas, e é exigido o comprovativo de vacinação em algumas zonas dos Mercados.

Mas o principal e o que mais me fascina nos Mercados continuou lá…O ambiente festivo, as decorações, o vinho quente que sabe tão bem nestes dias frios, o cheiro a especiarias e a frutos secos caramelizados… E havia momentos em que quase me esquecia que existia uma pandemia, e consegui aproveitar bem esta viagem 🙂

Apesar de terem alargado a zona do Mercado de Natal de Frankfurt, para evitarem a concentração de muitas pessoas no mesmo espaço, à noite e ao fim de semana o mercado estava à pinha. Mas todas as pessoas que lá andavam cumpriam as regras e sempre que alguém não tinha a máscara (era obrigatório usar as FFp2 ou cirúrgicas) colocada correctamente, era advertido por algum segurança. Por isso, apesar dos meus receios iniciais, senti-me muito segura a visitar o Mercado.

Será que em 2022 vamos voltar a ter Mercados de Natal com alguma normalidade? Sem máscaras, sem certificados de vacinação? Espero que sim! 🙂

Decoração de Natal de Viagens – Parte II

Depois do post que escrevi, em Novembro de 2017 (podem lê-lo aqui), a minha colecção de decorações de Natal alusivas às viagens aumentou. Dessa forma, este ano, quando estava a fazer a minha árvore decidi fotografar as novas aquisições e actualizar aqui no blog.

Para contextualizar um pouco, para quem não leu o primeiro artigo sobre este assunto, costumo comprar enfeites de Natal nas viagens que faço, é o souvernir que costumo trazer para mim. Dessa forma, quando estou a decorar a Árvore recordo os lugares por onde já passei.

Ora, vamos lá ver as ultimas novidades?

Em Abril de 2018 visitamos Dublin e Howth, na Irlanda.

Em Maio de 2018 fomos até Malta. Aqui não foi fácil encontrar um enfeite… Adquirimos um sino em cerâmica, mas ele é bastante pesado e acabamos por não conseguir coloca-lo na árvore. Mas, nesse mesmo ano descobri uma loja no Instagram, o Pinhas e Pinhotas, que produzem peças personalizadas para decorar a árvore de Natal, por isso encomendei um enfeite de Malta.

E como não tinha nenhum de Paris, pois ainda não tinha começado esta minha colecção quando lá fui, decidi também encomendar um enfeite de lá.

Para terminar o ano, e como já é tradição, fomos viajar para um Mercado de Natal. Fomos para Baden-Baden, na Alemanha, e ainda demos um “pulinho” até Estrasburgo, na França. Mas, não conseguimos encontrar nenhum enfeite que representasse as cidades, por incrível que pareça… Por isso, e como há algum tempo que queria comprar um soldadinho de chumbo num mercado de Natal, comprei este para representar esta viagem.

As viagens de 2019 só começaram em Maio, com uma viagem até a Polónia, onde visitamos Cracóvia, Auschwitz e as Minas de Sal de Wieliczka. Trouxemos de lá esta bolinha 🙂

Em 2019 terminamos o ano num mercado de Natal, desta vez na Escócia, mais precisamente em Edimburgo.

Trouxemos esta bola, que é uma das bonitas da minha colecção. Comprei nesta loja: Scottish Christmas.

No Mercado de Natal em Edimburgo, encontramos uns enfeites personalizados e decidimos adquirir um para simbolizar a altura que juntamos os trapinhos 🙂

O ano 2020 começou e eu estava cheia de planos de viagens para esse ano… Começamos a viajar logo no inicio de Fevereiro, fomos para Nice e para o Mónaco. Ainda longe de imaginar que iria ser a primeira e última viagem dos próximos tempos…

Dessa viagem trouxemos estas bolinhas:

Em Maio tivemos que cancelar a nossa viagem para a Croácia, Montenegro e Bósnia… 😦

No final do ano, já com saudades de viajar, mas com receio de sair do país, decidimos ir até ao Alto Minho. E como não tínhamos nenhum enfeite de Portugal, adquirimos este.

Para assinalar o atípico ano de 2020 compramos este enfeite, que representa totalmente o que foi 2020 (E 2021…). Encomendei no ebay 🙂

2021 começou e lá ficamos de quarentena mais uma vez… Quando começamos a desconfinar, fizemos o roteiro das Aldeias Históricas de Portugal, mas não adquirimos nenhum enfeite. Em Outubro, já fartos de não sair de cá aventuramo-nos numa roadtrip pelo sul de Espanha.

Passamos por Córdoba.

Depois fomos para Ronda.

E terminamos a viagem em Granada.

Para terminar 2021 em grande, e depois de 21 meses sem entrar num avião, regressamos a uma das viagens que mais gosto e mais saudades tinha de fazer: Mercados de Natal na Alemanha. Apesar de alguns mercados de Natal na Alemanha não se terem realizado, devido ao Covid, na zona que fomos (Frankfurt) os mesmo aconteceram! E apesar do stress constante do país entrar em confinamento, de podermos ficar infetados fora do nosso país… Foi muito bom regressas às viagens 🙂

E trouxemos esta bola lindíssima, que adquirimos no Mercado de Natal de Frankfurt.

O ano passado começamos uma nova tradição de Natal, a construção de uma Aldeia Natal. Adquiri várias casinhas em lojas locais, mas o objectivo é comprar todas as casas da Aldeia nas viagens. Por isso, a primeira foi adquirida em Frankfurt 🙂

Não é linda? 😀

Digam-me, costumam trazer algum souvenir das vossas viagens? Se sim, o quê? 🙂